O IV Encontro Sobre Investigação na Escola também realizou-se em Lajeado, na UNIVATES – Centro Universitário, nos dias 29 e 30 de agosto de 2003, com carga horária de 15 horas.

Participaram do evento 230 professores, oriundos de muitas escolas e universidades do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ, ULBRA, UFSM, UNIVATES, PUCRS, FURG, UPF, UFPEL e URI-Santiago), além de trabalhos de Santa Catarina e da Argentina. O evento recebeu a inscrição de 129 trabalhos.

Cada professor inscrito enviou, sessenta dias antes do evento, um relato de inovação e/ou investigação escolar no qual indicava também a área de interesse para apresentação. A comissão científica avaliou os trabalhos, selecionou-os e distribui-os em seis áreas (grupos) de discussão. Os grupos A e E foram subdivididos devido ao grande número de trabalhos inscritos. Os grupos B e G foram redistribuídos nos demais por estarem em menor número. Após o remanejo, os grupos ficaram constituídos da seguinte forma:

Grupos Tema N.º de trabalhos

A1

Reflexão sobre a prática docente

 

12

A2

9

A3

10

A4

10

A5

7

C

Formação continuada de professores

9

D

Formação inicial de professores

9

E1

Experiências curriculares

 

9

E2

9

E3

9

E4

10

E5

9

F

Coletivos de professores

7

H

Pesquisas sobre a escola

10

Os trabalhos foram relatados e discutidos durante a tarde e a noite de sexta-feira, 29 de agosto. Ao final da noite, cada grupo elaborou uma síntese das discussões para exposição ao grande grupo no sábado pela manhã. A elaboração da síntese, conforme orientação dada na abertura do evento, deveria abordar as seguintes questões: obstáculos encontrados, avanços alcançados e propostas de seguimento do trabalho.

Durante a sexta-feira, circularam pelos grupos de discussão três professores observadores externos que deveriam fazer uma síntese e uma avaliação de cada uma das três grandes linhas do Evento:

  • Grupos A – Professora Dra. Jesuína de Almeida Pacca (IFUSP)
  • Grupos E – Professor Dr. Roque Moraes (PUCRS)
  • Grupos C, D, F e H – Professor Dr. Fábio da Purificação Bastos (UFSM)

Finalmente, no início da manhã de sábado, 30 de agosto, ocorreram as sessões paralelas das três grandes linhas de discussão (sessão dos grupos A, sessão dos grupos E e sessão dos grupos C, D, F e H). Nessas sessões foram apresentadas as sínteses elaboradas pelos grupos e pelos observadores externos. Cada sessão, com base no que foi apresentado, lançou um desafio para o próximo encontro. No final da manhã, todos os participantes do encontro se reuniram para a socialização dos desafios elaborados nas três linhas de discussão e das avaliações dos observadores externos. Na sessão final de encerramento do evento, procedeu-se a um debate geral de avaliação e de discussão das formas de continuidade do evento.

No mês de dezembro de 2003, concluimos a publicação dos anais deste evento.  Foram publicados 250 exemplares com 296 páginas, contendo os trabalhos apresentados, as conclusões por grupo de discussão e as conclusões e avaliação do evento. Os livros foram distribuídos a todos os apresentadores de trabalhos, para a maioria dos co-autores e também para outros pesquisadores e professores interessados.

O III Encontro Sobre Investigação na Escola, realizou-se nos dias 23 e 24 de agosto de 2002.  Participaram do evento 150 professores, oriundos de diferentes escolas e instituições do estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ, ULBRA, UFSM, UNIVATES, PUCRS, FURG, UPF, UFPEL e URI-Santiago), além de um trabalho de Santa Catarina, dois da Argentina e um do México. No total, o  evento contou com  91 trabalhos inscritos para apresentação.

A equipe organizadora analisou e selecionou os trabalhos, subdividindo-os em seis áreas (grupos) de discussão. Dois trabalhos não foram aceitos para apresentação. Algumas áreas foram sub-divididas pelo grande número de trabalhos inscritos. Os temas e o número de trabalhos por grupo ficou assim distribuído:

Grupo Assunto N.º de Trabalhos

A1

REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA DOCENTE:

Avaliando, aprendendo e melhorando as nossas aulas

8

A2

7

A3

7

A4

7

B

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E IDÉIAS PRÉVIAS:

Decorar não é compreender e aprovar não é saber

8

C

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES:

O retorno e a continuidade da vida estudantil dos professores

6

D

FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES:

A universidade como a escola desejável dos professores

8

E1

EXPERIÊNCIAS CURRICULARES:

Rompendo as barreiras disciplinares e tomando as rédeas do currículo

9

E2

10

F

COLETIVOS DE PROFESSORES:

Rompendo o isolamento para aprender juntos

8

G

PESQUISAS SOBRE A ESCOLA:

Olhares externos sobre a escola

8

Os trabalhos foram relatados e discutidos durante a tarde e a noite de sexta-feira, 23 de agosto. Ao final da noite, cada grupo elaborou um painel com a síntese das discussões para exposição ao grande grupo no sábado pela manhã. A elaboração do painel, conforme a orientação dada na abertura do evento, deveria abordar às seguintes questões:

  1. Obstáculos encontrados;
  2. Avanços alcançados;
  3. Propostas de seguimento de trabalho.

Finalmente, no início da manhã de sábado, 24 de agosto, foi realizado um painel sobre redes de professores investigadores, coordenado pelo professor João Batista Siqueira Harres. Discutiu-se a experiência em andamento de constituição de uma rede iberoamericana envolvendo professores de diferentes países:

  1. Espanhóis: Rede IRES - Investigación y Renovación Escolar, ligados principalmente à Universidade de Sevilha;
  2. Mexicanos: Rede TEBES - Transformación de la Educacíon Básica desde la Escuela, ligados à Universidade Pedagógida Nacional do México;
  3. Colombianos: Rede CEE - Calificación de Educadores en Exercício, ligados à Universidade Pedagógica Nacional da Colômbia;
  4. Argentinos: Rede DHIE -  Docentes que Hacen Investigación na Escuela, ligados à Confederação dos Trabalhadores em Educação da Argentina.

Nessa discussão foi comentado o fato de que essas redes promoverão, em julho de 2005, na UNIVATES, o “IV Encontro Iberoamericano de Coletivos Escolares e Redes de Professores que Fazem Investigação na sua Escola”. Ao final discutiu-se estratégias de envolvimento dos participantes na organização e divulgação neste evento de nível internacional.

Entre 09:00-10:00h da manhã de sábado, ocorreu a socialização das discussões nos grupos. Os painéis elaborados nos grupo foram afixados no auditório do prédio 7 e cada participante pode observar essas conclusões e trocar idéias com participantes de outros grupos.

Finalmente após às 10:00h, na seção final de encerramento do evento, procedeu-se uma avaliação geral do evento em grande grupo e da discussão da das formas de continuidade do evento.

No mês de março de 2003 conseguimos concluímos a publicação dos anais desta edição do evento. Foram publicados 250 exemplares com  237 páginas, contendo os trabalhos apresentados, as conclusões por grupo de discussão e as conclusões e avaliação do evento. Os livros foram distribuídos a todos os apresentadores de trabalhos, para a maioria dos co-autores e também para alguns interessados, como pesquisadores e professores de escola que desejavam agregar-se ao processo e preparar um trabalho para o 4º encontro.

O I Encontro Sobre Investigação na Escola surgiu com a idéia de favorecer o avanço de reflexão sobre a prática docente para os professores do Vale do Taquari. Assim, em setembro de 2000 estruturamos um evento que iniciou uma caminhada na direção da criação e desenvolvimento de grupos de professores investigadores tal como existem atualmente no México, Argentina, Colômbia, Espanha e com as quais temos contato. O evento pretendia  servir também como forma de garantir a continuidade e o avanço da inovação escolar e o estabelecimento de uma cultura de análise da prática pedagógica, desenvolvidas em outras ações de nosso grupo de pesquisa.

Tudo isto, estendido para além dos alunos dos cursos de licenciatura e de especialização que investigamos, mas atingindo também a outros docentes que implementassem atividades inovadoras em suas aulas (seja na escola ou na universidade), pois sabemos quão raras são a oportunidade de reflexão e troca de experiências no cotidiano profissional dos professores.

Além disso, pensávamos também que essas atividades não devessem restringir-se às áreas de Ciências e Matemática. A interdisciplinariedade, a identificação de problemas comuns e a necessidade de ações conjuntas na escola justificavam que essas reflexões não se prendessem aos limites disciplinares.

A resposta ao primeiro desafio lançado parece ter alcançado sucesso para além dos limites da região do Vale do Taquari. Ao todo participaram do primeiro encontro 115 professores que apresentaram um total de 72 trabalhos oriundos de diferentes regiões do estado do Rio Grande do Sul, além de um trabalho de Santa Catarina e dois da Argentina.

Os resumos estendidos dos trabalhos inscritos foram enviados antecipadamente à organização do evento que os leu, selecionou e distribuiu em sete grupos temáticos de discussão:

  • Grupo A: Reflexões sobre a prática docente
  • Grupo B1: Idéias prévias e dificuldades de aprendizagem
  • Grupo B2: Idéias prévias e dificuldades de aprendizagem
  • Grupo C: Formação continuada
  • Grupo D: Formação inicial de professores
  • Grupo E: Experiências curriculares
  • Grupo F: Educação infantil

Como avaliadores externos, foram convidados os professores Dr. Rafael Porlán (Univ. Sevilha) e Dr. Roque Moraes (PUCRS) que, ao circularem por todos os grupos durante as discussões puderam ter uma visão geral dos trabalhos, a qual foi relatada e discutida no painel de apresentação das conclusões de cada grupo. Entre os avanços da investigação na escola, apontados pelos avaliadores externos destacaram-se três:


Uma ênfase maior das propostas, em relação a outros eventos de formação continuada, em iniciativas coletivas de professores;

Uma perspectiva mais efetiva dos participantes como sujeitos, promovendo-se seu envolvimento em todas as etapas da investigação;

A necessidade de uma sistematização mais rigorosa das investigações de modo a atingir uma qualidade formal mais elaborada.

No segundo dia do evento realizou-se um painel sobre redes de professores investigadores, coordenado pelo professor Dr. Verno Krüger (UNIVATES) que falou sobre o plano em andamento, ao qual o evento e nosso grupo de pesquisa consideraria na continuidade, de constituição de uma rede iberoamericana formada por professores investigadores. Tal rede incluiria, além de nós brasileiros, professores da Espanha, vinculados à “REDE IRES - Investigación y Renovación Escolar”, ligados principalmente à Universidade de Sevilha; professores do México: “REDE TEBES - Transformación de la Educacíon Básica desde la Escuela”, ligados à Universidade Pedagógida Nacional; professores da Colômbia: “RED CALIFICACIÓN DE EDUCADORES”, ligada ao Sindicato Nacional de Professores.

Também foram apresentadas no evento a experiência de duas redes argentinas. A primeira experiência, sobre “Rede de Profesores que Hacen Investigación Educativa”, ligada à Confederación de Trabajadores de la Educación de la República Argentina – CTERA, foi relatada pelo prof. Miguel Duhalde. A experiência da outra rede argentina, “Asosiación de Maestros de Monte Carlo”, foi  apresentada pelo prof. Jesus Armando Castro.

Concluindo o painel, o prof. Dr. Roque Moraes (PUCRS), apresentou as atividades  desenvolvidas até aquela data no âmbito do projeto de pesquisa “Educação em Ciências: preparando cidadão para o novo milênio”, financiado pelo CNPq e que congrega atividades de experimentação e investigação curricular em quatro universidades gaúchas (PUCRS, UNIJUÍ, FURG e UNIVATES).

De modo geral, a avaliação final do encontro identificou, de forma majoritária pelos participantes, aspectos claramente inovadores em grande parte dos trabalhos e, ao mesmo tempo, a necessidade da continuidade do avanço na reflexão sobre a inovação e a investigação escolar, uma vez que houve também a identificação, no contexto escolar, de resistências e obstáculos a este avanço.

Em especial, foram destacados as seguintes propostas:

  • Realizar um segundo encontro em 2001, mantendo, em linhas gerais, as mesmas características, inclusive tentando contar com a presença novamente dos professores Rafael Porlán e Roque Moraes permitindo, com isso, uma avaliação mais contínua desses processos de formação continuada;
  • Possibilitar a leitura prévia dos trabalhos por todos os participantes eliminando, assim, as apresentações preliminares que geralmente envolvem muito tempo, o que, na avaliação dos participantes, acabou acontecendo;
  • Ampliar o espaço para discussão dos trabalhos nos grupos;
  • Favorecer o acesso dos participantes durante o evento a todos os trabalhos e não só aos do seu grupo;
  • Formar grupos locais de reflexão interligados a outros grupos de outras regiões do estado, de modo a construir uma rede de âmbito estadual de professores investigadores;
  • Incrementar o intercâmbio com outras redes correlatas;
  • Publicar os anais do evento com distribuição a todos os participantes, o que foi efetivado no ano seguinte.

O II Encontro Sobre Investigação na Escola seguiu a mesma estrutura do primeiro encontro. Cada participante apresentou um relato de cunho investigativo e enviado à organização antecipadamente sobre alguma atividade inovadora que estivesse realizando em sala de aula, preferencialmente sobre sua própria prática docente. Os grupos de discussão estiveram distribuídos em torno aos mesmos temas da primeira edição e a avaliação do evento se deu segundo os mesmos aspectos da vez anterior, visando o avanço na direção em que os pressupostos do nosso grupo de pesquisa e do evento em si apontavam.

Para isso, buscou-se, pretendia-se que os mesmos avaliadores externos estivessem presentes, identificando avanços e obstáculos na caminhada. Isto não foi possível pois o professor Dr. Rafael Porlán e o professor Dr. Roque Moraes estiveram impossibilitados de participar. Dessa forma convidamos a Professora Ms. Valderez Marinado de Lima (FAPA/RS) e a Professora Dra. Pilar Azcárate Goded (Universidade de Cádiz/Espanha).

O evento foi divulgado inicialmente apenas entre os participantes da vez anterior que, ao receberem os anais do primeiro encontro, receberam junto uma carta convite com os detalhes da segunda edição e com sugestões da melhor forma de organizá-la. Para os novos participantes, a divulgação deu-se através de um prospecto semelhante ao enviado no primeiro Encontro.

Como mudança mais importante desta edição e atendendo à avaliação da vez anterior,  aumentamos o tempo para discussão nos grupos e propusemos, logo no início do evento, uma discussão sobre qual seria a melhor forma de, ao final, socializarmos os resultados. A  proposta aprovada foi a de que cada grupo elaborasse um pôster que ficou exposto no início da manhã de sábado para conhecimento de todos, permitindo também um contato maior entre autores de trabalhos de grupos diferentes.

A discussão dos trabalhos envolveu a tarde e a noite do dia 31 de agosto. Após as apresentações dos trabalhos, cada grupo  elaborou uma síntese das características dos avanços e obstáculos mais importantes e das conclusões alcançadas apresentadas no dia seguinte, ao grande grupo sob a forma de um pôster.

A avaliação final dessa organização foi altamente positiva e, após a exposição dos painéis, houve um debate e apresentação de uma avaliação geral pelas professoras Pilar e Valderez seguindo-se, ainda uma avaliação geral do encontro.

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